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26 maio, 2017

A dor de um adeus.

Eu fiquei te esperando em uma escada fria, enrolada em um cobertor, longe da onde eu morava e com a Clarinha do meu lado chorando. Depois disso eu fiquei te esperando na cama do meu quarto, no meu portão, na tela do meu celular, na minha caixa de spam de e-mails e tudo o que chegou foram mensagens tortas e ilusões baratas, que eu fiz questão de acreditar.

Fiz questão de acreditar nas suas mentiras baratas para não perder fé na humanidade, para provar pra mim mesma que 2016 ainda podia ser meu ano. Mas, eu continuei na escada e você nada.

Os dias depois passaram arrastados, implorando um fim, procurando respostas, os dias depois ficaram procurando alguma esperança patética para dizer o que eu queria ouvir: que você ia voltar.

A gente nem se deu Adeus e isso para mim deixou um vazio tão grande, que eu quis acreditar que não era o fim. Mas sempre foi.

Juntei meus cacos, tomei muito álcool, vi nossas fotos, tentei dormir e acordar com tudo que era meu de volta. Quando eu parti, dopada de calmantes e procurando ouvir qualquer música que não falasse a palavra amor, sabia que não tinha volta.

A dor de um adeus é foda, não adianta falaram que é para o nosso bem, que Deus livra, que não era para ser. Não existe nada, que faça aquela dor que lateja e arde o peito passar.

O ano está quase no fim, depois de tantos finais que teve esse ano para mim, eu escrevo adeus para todas essas histórias, mentiras e ilusões que tentaram me deixar no final da página.

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